O que é o balanço de contabilidade?
No que toca ao tema da contabilidade, existe uma série de conceitos básicos que podem ajudar qualquer pessoa a gerir melhor as suas finanças (ou as do seu negócio).
Um desses conceitos é o balanço.
Mas o que é que ele representa, afinal?
Simples: o balanço de uma empresa espelha a situação financeira da mesma num dado momento. Ao tomar conhecimento deste valor, a empresa pode avaliar que decisões financeiras deve tomar e, assim, gerir os seus recursos financeiros da melhor maneira possível.
Mas isso não é tudo, claro. Há bem mais a dizer sobre o balanço, ou não estaríamos a falar de um conceito contabilístico!
O balanço deve estar sempre de acordo com a fórmula:
- Capital próprio + Passivo = Ativo
Aparentemente simples, esta fórmula pode não ser assim tão fácil de entender se não souber exatamente o que cada uma das componentes da mesma representa. Vejamos então, o que são o ativo, o passivo, e o capital próprio.
Ativo: Os bens e direitos que a empresa tem em seu poder
A sua empresa possui um património constituído por bens, créditos e direitos e é exatamente isso que o ativo é. Por outras palavras, os ativos representam tudo aquilo que adiciona valor à sua empresa.
Dentro do ativo, existem duas categorias distintas:
Ativos circulantes.
Estes são os rendimentos a curto prazo da sua empresa (ou seja, durante um período inferior a doze meses). Estes rendimentos podem ser transformados em dinheiro durante o mesmo período, e devem ser utilizados para cobrir o valor do passivo circulante.
Dependendo da dimensão da sua empresa, poderá fazer sentido dividir os seus ativos circulantes em duas subcategorias:
-
Ativos circulantes operacionais: recursos fundamentais para o funcionamento da empresa (por exemplo, os stocks e contas a receber de clientes).
-
Ativos circulantes financeiros: recursos obtidos através das atividades da empresa e de investimentos realizados (por exemplo, fundos imobiliários e ações).
Ativo não circulantes.
Estes são os rendimentos que podem acedidos a longo prazo, ou seja, por mais do que doze meses; assim como bens duradouros que a empresa utiliza no seu funcionamento, de modo a produzir receita (que será posteriormente utilizada para pagar os seus passivos não circulantes, dos quais vamos falar já a seguir). Dois exemplos deste tipo de ativos são o equipamento e as patentes da empresa.
Adicionalmente, existe uma terceira categoria de ativos: os permanentes. Este tipo de ativos é diferente dos circulantes e não circulantes na medida em que representa recursos que a empresa dificilmente conseguirá transformar em dinheiro. Um exemplo simples é o escritório ou o estúdio que utiliza para as operações da sua empresa.
Passivo: As obrigações e dívidas da empresa para o exterior
Os passivos representam aquilo que a empresa deve a terceiros e que esta cobre através dos seus ativos. Como já mencionámos anteriormente, os passivos também se dividem em duas categorias:
Passivos circulantes.
Estas são as obrigações que a empresa tem de liquidar em menos de doze meses, como pagamentos a fornecedores, contas, salários, e financiamentos.
Passivos não circulantes.
Estas são as obrigações que a empresa pode pagar num prazo superior a doze meses, como dividendos, provisões e empréstimos.
Capital próprio: A diferença entre o ativo e o passivo
Finalmente, o capital próprio de uma empresa representa a diferença entre os seus ativos e os seus passivos, ou seja, entre aquilo que ela possui e aquilo que ela deve. Alguns exemplos deste tipo de capital são, então, o valor das quotas dos sócios da empresa e as suas prestações suplementares.
O valor do capital próprio pode ser:
- Negativo, caso a empresa tenha mais passivos do que ativos;
- Positivo, caso a empresa tenha mais ativos do que passivos;
- Nulo, caso a empresa tenha tantos ativos quanto passivos.
O objetivo é que o capital próprio seja positivo, para que a empresa não tenha dívidas a liquidar e se torne, assim, lucrativa.
Conhecer o 101 da Contabilidade
Familiarizar-se com conceitos como o balanço de contabilidade é um ótimo primeiro passo para melhorar a maneira como gere os recursos financeiros do seu negócio e, assim, garantir um crescimento sustentável e duradouro.
No entanto, se precisar de uma mãozinha para entender como pode utilizar este novo conhecimento para o benefício da sua empresa, não há nada como entrar em contacto com um profissional.
E porque não procurar um no Welink Accountants?